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Noticia Arquivada

Estado faz o dever de casa

Mudar o perfil econômico de um estado que até meados da década de 60 era predominantemente agrário exige vultosos investimentos em infra-estrutura. Por isso, o atual governo do Ceará conduz a toque de caixa algumas obras essenciais para dar suporte aos investimentos produtivos em curso. Este ano, a previsão de investimentos públicos é da ordem de R$ 3,064 bilhões, de acordo com informações repassadas pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

Na área portuária, o Governo fará a implementação de um moderno sistema logístico no Terminal do Pecém, com investimentos de ordem de R$ 2,3 bilhões, de modo a suportar a expansão das atividades do Complexo Industrial e Portuário. Dentre as realizações em 2008, ressalte-se o início da construção do Terminal de Múltiplo-Uso (TMUT), cuja obra é essencial para a viabilização da siderúrgica, da refinaria e de termoelétricas.

O TMUT permitirá a liberação do Píer 1 para operar exclusivamente com importação de matérias-primas para os empreendimentos (carvão mineral e minério de ferro), além de dotar o terminal de uma nova estrutura, mais moderna e produtiva, para movimentação de contêineres e carga geral. O término da obra está previsto para dezembro de 2010.

Água e energia

De acordo com Francisco Zuza de Oliveira, diretor de Agronegócio da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), independente do tipo de projeto — seja uma refinaria ou uma agroindústria —, o Estado precisa oferecer pelo menos dois insumos essenciais: água e energia. “Neste caso, pode-se dizer que o atual governo vem fazendo o dever de casa”, afirma.

A conclusão dos trechos 2 e 3 do Eixão e início das obras do trecho 4, bem como a implantação do Sistema de Transposição do Açude Orós para o Açude Feiticeiro (em Jaguaribe), a construção do Açude Pesqueiro (em Capistrano) e da Adutora de Forquilha significam garantia de recursos hídricos. Já a implantação de parques eólicos e usinas térmicas — todos realizados pela iniciativa privada — dão garantia de abastecimento energético de longo prazo ao setor produtivo.

“O Ceará vai passar a ser exportador de energia. Esta é uma matéria-prima básica para alguns segmentos, como a indústria de transformação e a agricultura irrigada”, afirma Zuza. Tanto que, com essa garantia, além de outras iniciativas adotadas, o Estado atraiu 72 empreendimentos em 2008 — 29 em funcionamento e 43 em fase de implantação, com investimentos previstos da ordem de R$ 8,2 bilhões e com potencial para a geração de 10.618 empregos diretos, beneficiando 29 municípios.

Transporte

Em sua mensagem de abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa (AL) este ano, o governador em exercício, Francisco José Pinheiro, destacou a alocação de recursos na malha viária cearense, por meio do Programa CE-III, iniciado em 2008. “Foram realizados investimentos na conservação dos 4,8 mil km de rodovias não pavimentadas da Malha Rodoviária Estadual, na conclusão da restauração de 95,05 km de estradas e na implantação de 68,66 km de rodovia”.

Pinheiro destacou, ainda na área de transporte, que as obras do 1º estágio da linha sul do Metrofor tiveram o aporte de R$ 738,00 milhões da União e R$ 207,73 milhões de contrapartida do Estado, perfazendo um total de R$ 945,73 milhões. “O ano de 2008 transpôs os obstáculos do começo de 2007, quando precisávamos arrumar a casa, organizando a máquina administrativa e estruturando as condições necessárias para fazer fluir programas e ações voltados para a comunidade cearense”, lembrou.

VERBAS

3 bi de reais serão investidos pelo Governo do Estado este ano, em obras de infra-estrutura, com destaque para melhoria da malha viária, ampliação do Porto do Pecém e recursos hídricos.

(Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE – FORTALEZA – 08/02/2009 – Editoria: Negócios)