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Noticia Arquivada

Desenvolvimento do Nordeste – Após crise, é preciso manter projetos

Mantidos os investimentos públicos federais, notadamente os agendados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os estaduais e os privados, a economia do Nordeste tem grande chance de entrar nos trilhos e prosseguir no caminho do desenvolvimento, nos próximos dois ou três anos — prazo previsto para o fim da crise econômica global e restabelecimento da economia mundial.

A opinião é do economista, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Gustavo Maia Gomes, que esteve ontem, em Fortaleza, participando do II Seminário Regional sobre Mudanças Climáticas: Implicações para o Nordeste.

Palestrante do tema ´Perspectivas de Desenvolvimento do Nordeste e do Semi-árido´, na manhã de ontem, no BNB, Gomes avalia que, se o PAC cumprir parte dos projetos estruturantes e sociais agendados na região e pelo menos a metade dos R$ 82,3 bilhões anunciados pela iniciativa privada forem aplicados nos Estados nordestinos — notadamente, em Pernambuco, Ceará e Bahia, o crescimento será eminente — ´descontados os efeitos da crise´. Para ele, a crise financeira global ainda está em formação, daí as dificuldades de fazer prognósticos de crescimento para o futuro no País.

Embora menores do que os projetados para este ano (5,5% e 5,2%), pelo IBGE e a Datamétrica, o crescimento econômico do Nordeste e do País, respectivamente, devem fechar 2009, em 3,8% e 3,6%, a despeito da crise. E nesse crescimento, aponta, os setores exportadores terão grande participação na formação do PIB, tanto nacional como regional.

Participação dos portos

E para isso, os portos de Suape, em Pernambuco e do Pecém, no Ceará terão grande participação, sobretudo no longo prazo. ´Esse portos são equipamentos com conecção direta com o comércio internacional´, destaca Gustavo Maia Gomes, ao avaliar como positivas as estratégias de crescimento adotadas pelos respectivos governos estaduais no passado recente, quando apostaram na construção dos terminais marítimos como propulsores do desenvolvimento regional.

  

(Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE – FORTALEZA – GERAL – 25/11/2008 – Editoria: Negócios)