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O Ceará desponta como um grande produtor e fornecedor de equipamentos para usinas de energia eólica offshore para os próximos anos. Após assinatura do memorando de entendimento entre o Governo do Estado do Ceará e a chinesa Mingyang Smart Energy, em setembro deste ano, a instalação de uma grande indústria de aerogeradores para parques eólicos dentro do oceano, avança a passos largos.
Esta semana, o vice presidente da multinacional chinesa, Larry Wang, retornou ao Ceará para definir detalhes da instalação da fábrica no Complexo do Pecém. Nesta segunda-feira (19), Mr. Larry foi recebido pelo secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, e pela secretária executiva da Indústria, Roseane Medeiros. O vice-presidente acompanhado do gerente regional da Mingyang, Ben Gao, ressaltou a intenção do grupo chinês em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações de equipamentos para usinas de energia eólica offshore tanto para o Brasil e exterior.
“Nós, do Governo do Estado, estamos trabalhando de forma ágil e com o compromisso de criar condições para atrair empresas que produzem energias renováveis para o Ceará. Nos comprometemos em fornecer todo o apoio insitucional para que o projeto da Mingyang seja consolidado. Estamos muito felizes e entusiamados para estabelecer essa matriz de energia limpa no Ceará e no Brasil”, afirmou o titular da Sedet, Maia Júnior.
Para se instalar no Ceará, a empresa levou em consideração fatores como localização geográfica, que assegura potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, e a infraestrutura do Porto do Pecém. A Sedet está apoiando institucionalmente a viabilização da construção de uma torre de testes da multinacional chinesa. “A empresa já produz e fornece turbinas e pás eólicas para parques offshore na China e quer entender quais são as condições do vento no nosso litoral”, afirmou o coordenador de Atração de Empreendimentos Industriais Estruturantes da Sedet, Sérgio Araújo.
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Projetos Offshore
Enquanto Mingyang decide detalhes da instalação da unidade fabril no Pecém, os projetos de geração de energia eólica offshore ganham ânimo. Empresários locais e internacionais caminham para viabilizar a instalação de 4 parques eólicos aproveitando a força do vento que sopra no mar, em Caucaia (1), Camocim (1) e Amontada (2).
O projeto do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca deve produzir 400 MW no litoral do município de Amontada, em área com 15 km de frente ao continente, a uma distância entre 3 km e 8 km da praia. O empreendimento terá uma Linha de Transmissão própria e prevê o uso de navios-plataforma auto elevatórios de baixo calado para instalar as fundações, peças de transição, torres, naceles, pás, cabos de controle/elétricos submarinos e o enrocamento em torno das fundações.
A BI Energy tem projetos para instalação de parques offshore em Caucaia e Camocim. Em Caucaia, na praia do Icaraí, o parque contará com 48 turbinas offshore e 11 turbinas semi-offshore, num total de 598MW de potência. Em Camocim, o segundo projeto eólico offshore da BI Energia terá 100 aerogeradores e capacidade instalada de 1,2 GW. O parque recebeu autorização do Ibama para elaborar estudo de impacto ambiental e prevê um investimento de R$ 14 bilhões.
A Neoenergia, um dos principais grupos privados do setor elétrico, também está de olho nas oportunidades do potencial eólico offshore cearense. A companhia está desenvolvendo estudos preliminares e iniciou o licenciamento junto ao Ibama do parque em Amontada que vai produzir 3GW com linha de transmissão e uma subestação em terra.
Saiba mais sobre a Mingyang Smart Energy
Fundada em 1993, com sede em Zhongshan Guangdong, China, a Mingyang Smart Energy é fabricante de turbinas eólicas de primeira classe e fornecedora de soluções integradas de energia limpa. A empresa conta com nove mil colaboradores e 16 fábricas situadas na China e Índia. Atua nos setores de energia eólica e solar, ocupando a 37ª posição entre as 500 maiores empresas de novas energias do mundo e a 1ª em inovação eólica offshore.