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Noticia Arquivada

Siderúrgica não muda, garante Governador

A ausência ou presença da JFE Steel no consórcio da siderúrgica cearense não altera a estrutura nem a produção planejada, assegurou o governador Cid Gomes

Sobre a possível entrada da JFE Steel no consórcio da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), autoridades do Governo do Estado são enfáticas ao afirmar que não há mudanças no projeto original elaborado, nem quanto ao tamanho do empreendimento nem quanto à quantidade de produção de placas de aço por ano. “O investidor japonês nunca esteve no empreendimento. Ele cogitou entrar, agora há uma notícia que cogita não entrar. Não há nenhuma modificação”, declarou o governador Cid Gomes ontem no Seminário Internacional sobre Geoparks e Geoturismo, na sede do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Cid Gomes destacou que a sociedade estabelecida (Dongkuk Steel Mill e Vale), garante o prosseguimento da empreitada, mesmo sem outro investidor. “Continua o projeto. Ele sempre foi Dongkuk e Vale. É essa sociedade que está constituída. Não muda nada”, reafirmou.

A JFE vem demonstrando, desde abril, interesse em fazer parte da siderúrgica, inclusive para ser majoritária na sociedade. A empresa ainda está analisando o projeto e a decisão, segundo a CSP, está prevista para ser tomada em dezembro.

O presidente da Agência do Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, admite ser importante uma sociedade com a JFE, mas deixa claro que a siderúrgica é independente disto. “O projeto não depende dela (JFE). A terceira maior siderúrgica do mundo incorpora status. O desenho original analisado é de seis milhões de toneladas (de placa de aço por ano). São dois auto-fornos, cada um com capacidade para três milhões”, afirmou.

Através de sua assessoria, a CSP disse que não iria se pronunciar sobre a participação da JFE Steel no consórcio do empreendimento até que seja definida a posição oficial da empresa japonesa.

Ampliação

O presidente da Adece lembrou que o espaço que o governo direcionou para a siderúrgica no Ceará possibilita dobrar a produção de toneladas de placas por ano. Também existe essa possibilidade por conta da necessidade do País por minério fundido. Contudo, a ampliação ainda não está sendo discutida. Segundo Balhmann, a prioridade, após começar a produção de placas, será o beneficiamento. “Estamos trabalhando para ter a laminação no Ceará. Isso é o segundo passo. Vamos matar um leão de cada vez”, ressaltou.

Conforme garantiu nenhum destes dois passos subseqüentes à produção de placas de aço está previsto no projeto, a princípio, tampouco está submetido ao investidos japonês. “Tudo isso vai depender de muita coisa, mas isso é uma questão estratégica para o País. O Brasil não produz nem 40 milhões de toneladas de aço por ano”, comentou informando que a China produz cerca de 450 milhões de toneladas de aço por ano.

E-Mais

– O procedimento de terraplanagem do terreno onde ficará a siderúrgica do Ceará está em fase de “avaliação técnica preliminar”, segundo repassou a assessoria da companhia. Disse ainda que a estimativa de início da terraplanagem é para o mês de junho de 2008;

– A CSP informou estarem finalizando todos os trâmites burocráticos de viabilidade do projeto e elaborando o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), necessário para o Licenciamento Ambiental;

– A CSP está com a sede da empresa no Rio de Janeiro, com filiais em São Gonçalo do Amarante e Fortaleza. “Já temos uma equipe de trabalho em Fortaleza e nossos escritórios ficarão prontos no final de novembro”, disse.

(Fonte: O Povo/CE/Andreh Jonathas)