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Noticia Arquivada

Atraso no GNL obriga operação de térmicas

 
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou ontem que irá solicitar ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a continuidade do despacho de termelétricas com custo de geração mais barato em dezembro deste ano para que o operador alcance os níveis metas dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste e Nordeste. “Vamos propor ao CMSE que as térmicas a carvão, gás natural e nuclear continuem operando para recompor o nível dos reservatórios das hidrelétricas”, disse o executivo. Para este ano, o ONS definiu em 53% o nível meta de armazenamento de água nos reservatórios das usinas do Sudeste. Atualmente, o volume de água armazenada na região está em torno de 50%. No Nordeste, o nível está em 39%, acima da meta de 35%.

O atraso na entrada do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Pecém é um dos motivos para o pedido de despacho das térmicas  De acordo com Chipp, o terminal de regaseificação de GNL estava previsto para entrar em operação em julho deste ano, porém a nova expectativa é de que entre no fim deste mês. “Isso nos fez perder 700 MW médios”, afirmou o executivo.

O cumprimento das metas pelo operador também foi dificultado pela perda de um transformador em Tijuco Preto durante dois meses, o que impediu o envio de 2,5 mil MW médios do Sul para o Sudeste. “Isso resultou em uma perda de 2,5% no volume de armazenamento da região Sudeste”, disse o executivo. A expectativa do ONS é que o equipamento volte a funcionar a partir de hoje, reforçando a interligação entre as duas regiões. De acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o fato do ONS não conseguir cumprir a meta em novembro não coloca o sistema em risco. “Se não cumprir no fim de novembro, mas sim em dezembro, não é um problema”, comentou.

 
(Fonte: Diário do Nordeste/CE)