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Noticia Arquivada

MSC quer transformar Pecém

A localização privilegiada do Pecém vem atraindo mais investimentos estrangeiros. Porto brasileiro mais próximo da Europa, Caribe e Estados Unidos, o terminal agora está sendo sondado pela segunda maior companhia transportadora de carga do mundo, a MSC, para ser um “hub port”. Isto quer dizer que o Pecém poderá ser um entreposto comercial de carga que sairão para várias partes do planeta, segundo informa o diretor de implantação e Expansão da Cearáportos, Luiz Hernani Júnior.
Com a construção de novos píeres de atracação, com profundidades elevadas o suficiente para receberem navios de maior porte, o Pecém se torna interessante para a empresa. “A idéia é que o Pecém receba navios Pós-Panamax”, informa o presidente da Cearáportos, Erasmo Pitombeira. Ele se refere às embarcações que alcançaram o tamanho limite para passar nas eclusas (espécies de elevadores que permitem navios subam ou desçam rios e mares) do Canal do Panamá. Estes navios possuem comprimento de, no máximo, 294 metros, largura de 32,3 m e calado de 12,04 m.
Segundo Pitombeira, a MSC pediu mil metros de berço para armazenar cerca de 1 milhão de contêineres/ano. Para se ter uma idéia do que isso significa, em 2008, o Porto do Pecém deve fechar o ano movimentando 150 mil contêineres, ou seja, cerca de seis vezes menos o que a MSC pretende trazer para cá.
Operação
 
Caso a MSC confirme o projeto, ela instalará a sua armazenagem em três berços, que ficarão na parte final da área de atracação do lado direito do quebra-mar. Seria um píer após aquele que será, posteriormente, reservado ao recebimento de óleo cru para refinaria. Dois destes berços ficarão localizados horizontalmente e um outro de forma diagonal, acompanhando o quebra-mar.
O Terminal Portuário do Pecém se localiza a seis dias de distância, pelo mar, dos Estados Unidos e cerca de sete dias da Europa. Esta característica atrai a empresa, que possui a maior frota industrial do mundo, mas Pitombeira ressalta: “São apenas estudos. Pode ser que dê certo, pode ser que não”.
 
(Fonte: Diário do Nordeste/CE)