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Noticia Arquivada

Mucuripe quer ser um dos melhores portos em 2009

Localizado na enseada do Mucuripe, o Porto de Fortaleza possui ainda características antigas de um equipamento que iniciou as suas atividades há 55 anos. O atraso em muitos aspectos tecnológicos, assim como estruturais, fazem dele um porto problemático. Entretanto, segundo o presidente da Companhia Docas (responsável pela sua administração), Sérgio Novais, o equipamento deve receber reforço com recursos do Governo Federal e espera, segundo ele, até o fim do próximo ano, ser considerado um dos melhores do Brasil. Para chegar lá, o caminho ainda é longo, muito ainda precisa ser feito. Para começar, é preciso cuidar da questão do acesso rodoviário, complicado pelo fato de o porto se colocar dentro da cidade.
“O problema realmente existe. Estamos usando como principal corredor de acesso a Via Expressa, que atravessa a cidade e sofre de congestionamentos. Entretanto, esperamos que o projeto da ponte do Rio Cocó, projeto dos governos estadual e federal, resolva o problema, abrindo acesso para as BRs e CEs”. Novaes espera que a obra esteja concluída em um ano. “Teremos uma solução em curto prazo. Já existe determinação política para isso”, afirma.
O projeto está sendo desenvolvido pela Secretaria de Infra-estrutura (Seinfra), e o edital deverá ser lançado no início do ano que vem. “O Governo do Estado garantiu a Maestro Lisboa, a via que liga a Sabiaguaba até Washington Soares. Ali vai ser a largada. E o governo está também avaliando a possibilidade de fazer a junção com o anel viário, saindo pela ponte de Sabiaguaba e ir até o anel viário, e fazer a ligação direto com as rodovias, as CEs e BRs”, explica Novais. Já em relação ao transporte ferroviário, ele admite não ter muitas perspectivas de alteração dos problemas. O porto atualmente recebe toda a produção de combustível do Estado, cujo transporte é através da linha ferroviária. “Estamos na expectativa do plano diretor de Fortaleza, que está sendo votado na Câmara, e, no Estado, o Plano de Desenvolvimento Portuário Integrado. Esperamos o aprimoramento do sistema viário e precisamos ver como está contemplada a questão das passagens de nível. Uma das dificuldades do trem é que a velocidade dentro da cidade é muito pequena, por causa das passagens de nível. Vamos ver se vai contemplar viaduto, se vamos ter vias expressas (…)”, aponta. A médio prazo, entretanto, esse transporte deverá ser transferido ao Porto do Pecém, onde serão construídos o Terminal Aquaviário do Pecém (Tecém) e o de Regaseificação do Pecém (TGAN).
 
(Fonte: Diário do Nordeste/CE)