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Pecém estima receber R$ 1,8 bi

Para garantir a expansão do porto para dar suporte à nova realidade econômica cearense que se anuncia, o Terminal Portuário do Pecém prevê investimentos pesados até 2014. Neste período, deverão ser alocados recursos que superam os R$ 1,8 bilhão, e incluem obras de grande porte como a construção do Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), do Terminal de Gás Natural (TGAN) e de píeres petroleiros para refinaria. Somente até 2010, espera-se que sejam investidos R$ 669,7 milhões, dos quais mais da metade irão para o TMUT.
O preço previsto da obra era de R$ 375 milhões, mas, no processo de licitação que se desenrola, o valor foi fechado em R$ 340 milhões. A proposta de uma das empresas foi aprovada, mas as outras envolvidas entraram com recurso. A obra tem prazo de execução de 24 meses e investimentos provenientes do Tesouro Estadual e do banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Descarregador
 
O descarregador de carvão, orçado, R$ 50 milhões, deverá ser licitado até o fim do ano. Ele irá descarregar o carvão a ser utilizado pela termelétrica MPX, que já está em processo de instalação no Pecém. A tecnologia de descarregamento a ser utilizada está sendo estudada.
Outros três descarregadores também estão planejados para o Pecém. Ao todo, serão dois equipamentos novos para descarregar carvão e dois para minério. Entretanto, dois destes não estão programados nos investimentos até 2014. Somente para a siderúrgica, o Pecém precisará movimentar 4700 toneladas/hora de carvão, chegando a seis mil toneladas/hora se acrescentada a demanda das termelétricas.
O porto já conta, desde o ano 2000, com dois descarregadores, que estão parados. Um deles é multi, ou seja, também pode ser utilizado para descarregar carga geral.
Bloco de utilidades
 
O Bloco de Utilidades e Serviços (BUS) é uma das obras de menor custo (R$ 3,6 milhões) entre as planejadas, mas vai resolver um gargalo que foi sendo criado com o aumento da movimentação do porto e a sua remodelação para uma realidade sem refinaria nem siderúrgica, que é a falta de estrutura para pessoas.
“O porto foi planejado para meia dúzia de pessoas, mas agora estamos construindo um prédio que dará este apoio. As obras começaram em agosto e levam oito meses”, informa o presidente da Cearáportos, Erasmo Pitombeira.
Berço para exportação
 
Até 2012, serão outros R$ 422 milhões, tendo como obra mais cara (R$ 102 milhões) a construção do berço para exportação de placas, que escoará a produção da siderúrgica. Depois, virão outros R$ 734 milhões, com destaque para a implantação dos dois píeres petroleiros da refinaria Premium II, que demandarão recursos de R$ 206 milhões. Mas, e de onde virá tamanha soma de dinheiro? “Vai vir de algum canto. Se o governo demanda, ele terá como encontrar um meio de arcar. Talvez venha o BNDES, ou talvez de PPPs [Parcerias Público-Privadas], nós estamos estudando isso”, afirma.
 
(Fonte: Diário do Nordeste/CE)